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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O motorista Joelson Souza, 28 anos, aproveitou o dia com a filha Stéfani, 4 anos, no Balneário Ouro Verde
Muita gente tem deixado de viajar durante o verão por causa da pandemia do coronavírus. Ainda assim, as pessoas não querem deixar de curtir os dias de calor. A família da professora Ariane Canabarro, 37 anos, aproveitou o feriado de Ano Novo para passar o dia no Balneário Ouro Verde, na localidade de Três Barras, Distrito de Arroio Grande, interior de Santa Maria.
- Aqui é bom porque é ao ar livre, e é um espaço gigantesco. Percebemos que as pessoas estão se cuidando, tem um distanciamento entre as famílias, entre as barracas - conta Ariane.
style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">A família chegou cedo, trouxe chimarrão, cerveja e preparou um churrasco para o almoço. Para se divertir, trouxeram uma bola. Mas o futebol ficou restrito à área onde o grupo estacionou o carro e montou o piquenique, para evitar contato com outros frequentadores.
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No balneário, foi possível observar distanciamento entre os grupos de familiares e amigos. Como as turmas estavam separadas, não usavam máscaras. Entretanto, na entrada do balneário e na copa onde são vendidos lanches e bebidas, o uso era obrigatório. Na chegada, as pessoas também têm a temperatura aferida e recebem álcool gel. Os proprietários orientam que os frequentadores utilizem máscara durante o deslocamento pela área, mas nem todos fazem o uso.
- O balneário fica aberto o ano todo, mas o maior movimento é no verão. Durante os feriadões de Natal e Ano Novo temos recebido muita gente, sempre controlando o acesso. Não trazemos mais grupos musicais para fazerem shows, o que costumava ser bem tradicional. Também interditamos a piscina. Ainda assim, as pessoas tem procurado por um lazer ao ar livre - conta um dos sócios proprietários, Luciano Guerra. Segundo ele, a capacidade do local é de receber até 5 mil pessoas, mas, por causa da pandemia, ele não tem permitido a ocupação máxima.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou o terceiro boletim da balneabilidade das praias e balneários do Estado. Entre os 90 pontos analisados, 11 locais estão impróprios para banho (na semana passa, o número era de 10). Na Região Central, 11 locais são monitorados. Desses, apenas o balneário de Ernesto Alves, em Santiago, segue impróprio.
ORIENTAÇÕES PARA EVITAR O CONTÁGIO
Na visão do médico infectologista Alexandre Vargas Schwarzbold, não há problema em ir a locais como praias e balneários. Segundo ele, é até recomendado, para se exercitar e até mesmo se distrair. O problema é quando esses locais geram aglomerações.
- Se uma família for até um balneário, cuidar o distanciamento e ficar de máscara sempre que possível, do ponto de vista técnico, não tem problema. Só que, mesmo sendo ao ar livre, é preciso cuidar com as aglomerações. É só manter um distanciamento de, pelo menos, dois metros dos demais frequentadores. Mais de seis pessoas juntas, que não sejam do mesmo núcleo familiar ou convívio, já é considerado uma aglomeração - afirma.
Outra dúvida frequente é em relação às águas, seja do mar, rios ou piscinas. O infectologista esclarece que a transmissão por esse meio é difícil de acontecer.
- Nas piscinas, onde há tratamento com cloro, o risco de transmissão do coronavírus pela água é nulo. A água em geral, mesmo em rios ou no mar, não é um provável vetor de transmissão. O grande problema é a transmissão pelo ar e por objetos ou superfícies contaminadas. Então, se você estiver dentro da água muito próximo de alguma pessoa com o vírus, pode contraí-lo, mas por alguma secreção, não pela água - relata.
*Colaborou Janaína Wille